RETRATO DO PRÍNCIPE D. JOSÉ, FILHO DE D. MARIA I
RETRATO DO PRÍNCIPE D. JOSÉ, FILHO DE D. MARIA I
RETRATO DO PRÍNCIPE D. JOSÉ, FILHO DE D. MARIA I
RETRATO DO PRÍNCIPE D. JOSÉ, FILHO DE D. MARIA I
RETRATO DO PRÍNCIPE D. JOSÉ, FILHO DE D. MARIA I
RETRATO DO PRÍNCIPE D. JOSÉ, FILHO DE D. MARIA I

RETRATO DO PRÍNCIPE D. JOSÉ, FILHO DE D. MARIA I

Retrato del príncipe D. José, hijo de D. Maria I [ES]
Portait of Prince D. José, son of D. Maria I [EN]
Portrait du Prince D. José, fils de D. Maria I [FR]
Porträt des Prinzen D. José, Sohn von D. Maria I [DE]
ドン・ジョゼ王子、ドン・マリア1世の息子の肖像 [JP]
Artes visuais
Não identificado
- Autor

Portugal
- Produtor

Título Alternativo:
Retrato de D. José de Bragança, 8.º príncipe do Brasil
Descrição:
Representação, a óleo sobre tela, de D. José de Bragança, 8.º príncipe do Brasil. Retrato pictórico. Produção portuguesa, de autor não identificado, datável de cerca de 1777-1788.

Pintura a óleo sobre tela, emoldurada, representando D. José de Bragança, 8.º príncipe do Brasil, obra portuguesa de autor desconhecido, realizada provavelmente entre 1777 e 1788. O retratado apresenta-se de corpo inteiro, de pé, voltado em três quartos para a direita, com o olhar fixo em frente e uma postura solene, característica da iconografia régia áulica do século XVIII. Usa uma cabeleira postiça curta, empoada e penteada em rabo-de-cavalo, conforme a moda da época. Veste uma casaca de veludo azul, ornada com aplicações douradas na frente e punhos de pele, combinada com calções do mesmo tecido e cor. O traje inclui ainda um colete azul celeste e uma camisa branca, adornada com punhos de renda e um jabot preso por um alfinete de brilhante. Complementam o conjunto meias brancas e sapatos pretos, de salto alto e com fivela metálica. Sobre as costas, cai um manto encarnado forrado a arminho, passado pelo braço esquerdo e segurado pela mão direita. À tiracolo, lançada sobre o ombro esquerdo, observa-se a banda da Ordem de Avis, com as suas cores tradicionais (verde, vermelha e verde), sobreposta a uma outra banda azul, eventualmente representando outra distinção ou cargo. Ao pescoço, pendente de fita vermelha, ostenta a cruz da Ordem de Cristo, adornada com pedrarias, e, sobre o peito, distingue-se ainda a insígnia da Ordem do Tosão de Ouro. Da mão esquerda pende um papel onde se encontram inscritas figuras geométricas, possivelmente aludindo ao interesse do príncipe pela matemática, pela arquitetura ou pelas ciências naturais.

D. José de Bragança (1761-1788) nasceu em Lisboa a 21 de agosto de 1761, filho primogénito da rainha D. Maria I de Portugal e do rei consorte D. Pedro III. Desde cedo recebeu os títulos de Príncipe da Beira e Duque de Bragança, sendo mais tarde investido como Príncipe do Brasil, na condição de herdeiro da coroa portuguesa. O seu avô, o rei D. José I, garantiu-lhe uma educação cuidada e adequada às responsabilidades futuras, com uma formação ampla em política, direito, história e ciências militares, preparando-o para o reinado. Em 1777, D. José casou-se com a sua tia materna, a infanta D. Maria Francisca Benedita (1746-1829), mas deste matrimónio não resultou descendência. Durante a vida, D. José foi comendador-mor das ordens de Cristo, de Avis e de São Tiago da Espada, além de cavaleiro da Ordem do Tosão de Ouro, concedida por Espanha. A sua morte prematura, aos 27 anos, devido a doença, impediu que sucedesse à mãe no trono. Este acontecimento agravou significativamente o estado mental da rainha D. Maria I. Como consequência, o título de herdeiro passou para o seu irmão, o príncipe D. João, que viria a ser regente durante a enfermidade da mãe e, mais tarde, rei de Portugal como D. João VI.

Este retrato integra uma série de efígies áulicas de membros da Casa Real portuguesa da dinastia de Bragança, produzida em contexto de exaltação do poder régio no final do Antigo Regime. O conjunto compreende as representações dos reis D. João IVD. Afonso VID. Pedro IID. João VD. José ID. Maria I e D. Pedro III (em retrato duplo), bem como dos príncipes herdeiros D. Teodósio, 1.º Príncipe do BrasilD. José, 8.º Príncipe do BrasilD. João, 9.º Príncipe do Brasil e futuro D. João VI; e ainda de D. Duarte, senhor de Vila do Conde e irmão de D. João IV. Com forte carga simbólica e política, estas obras afirmavam a legitimidade e continuidade da autoridade régia, então central na consolidação do Estado absoluto e do domínio imperial português. Os retratos provêm da antiga Junta da Fazenda Pública, criada por carta régia de 1766 e instalada na Alfândega de Angra. Estavam originalmente dispostos numa sala de receção, à qual presidia uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do Reino. A sua execução deve situar-se entre 1777, data da ascensão de D. Maria I, e 1788, ano da morte de D. José. O retrato de D. João terá sido pintado já em 1788–1789, após a sua proclamação como herdeiro. O conjunto foi transferido para o Palácio dos Capitães-Generais por volta de 1840, por iniciativa de José Silvestre Ribeiro, então governador civil. Atualmente, encontra-se exposto no Sala de Baile, também conhecido como Sala dos Reis de Bragança.
PEDRO PASCOAL DE MELO (julho, 2025)

Dimensões:
Totais [pintura e moldura] : A. 241,5 L. 118,5 cm
Nº de Inventário:
PGRA-PCG0983
Data de produção:
circa 1777 - 1788
Material e técnicas
[Pintura] Óleo s/tela - Pintura
[Moldura] Madeira e ouro - Ensamblada e dourada
Incorporação:
Esta peça integra um conjunto de bens que, na sequência da criação da Região Autónoma dos Açores em 1976, foram incorporados no património regional, provenientes dos extintos Governos Civis e Juntas Gerais dos Distritos Autónomos de Angra do Heroísmo, Horta e Ponta Delgada. Desde então, pertence às coleções da Presidência do Governo Regional dos Açores, encontrando-se atualmente em exibição no Palácio dos Capitães-Generais, em Angra do Heroísmo.

Autonomia dos Açores Digital | CollectiveAccess parametrizado e estendido por Estrutura para a Casa da Autonomia

Ao continuar a navegar no CCM - Património Museológico Açores está a aceitar a utilização de cookies para optimizar o funcionamento deste serviço web e para fins estatísticos.

Para mais informações, consulte a nossa Política de Privacidade.

Continuar