Mala de médico

Ciência e Tecnologia

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Título Alternativo:

Estojo de médico

Descrição:

Esta peça integra uma reserva, a qual consiste numa reconstituição do laboratório de análises clínicas que pertenceu ao Dr. Henrique Henriques Flores (1907-1985). O espólio que pertenceu ao Dr. Henrique Henriques Flores foi doado ao Museu de Angra do Heroísmo, em 2016, pelo seu filho, também médico-cirurgião, Dr. José Henrique Simões Flores. O laboratório foi criado, na cidade de Angra do Heroísmo, pelo Dr. Henrique Henriques Flores em 1933, ou seja, pouco tempo após ter terminado a sua licenciatura em Medicina e Cirurgia (1931), com uma média final de 19 valores. Inicialmente, esteve localizado na Rua da Sé, passando, posteriormente, a estar localizado na Rua Direita (Fagundes, 2021: 12-13). A mala que aqui se apresenta detém um vasto conjunto de medicamentos, os quais atuavam, segundo as suas próprias caixas e bulas, contra problemas de saúde relativos a especialidades como a cardiologia (Bendroflux - hipertensão arterial; insuficiência cardíaca congestiva, a ginecologia e a obstetrícia (Lemazina - vómito gravídico; dismenorreias), a neurologia e a psiquiatria (Lemazina - psicoses com agitação; alcoolismo agudo; Tranquil le Petit Psicoplégico - irritabilidade; ansiedade; insónias) e a infeciologia e a pneumologia (Anti-Gripe Asclepius - estados gripais). Para além das caixas e das bulas da época em questão (séc. XX), é possível observar uma grande parte dos respetivos comprimidos ou drageias. A mala também contém um tubo esterilizado para a colheita de sangue, uma vacina animal, seringas e as respetivas agulhas, bem como ampolas com cloridrato de petidina e com água bidestilada, entre outros medicamentos e líquidos. O cloridrato de petidina era utilizado contra diferentes tipos de espasmos, os quais consistem em contrações musculares involuntárias (Sitiniki, 2020). A água bidestilada consiste em água que foi duplamente destilada, ou seja, que passou, por duas vezes, pelo processo de remoção de impurezas e de partículas que possam ser prejudiciais para o organismo (Farmaciasdirect, sd). Esta peça foi utilizada como mala de médico, uma vez que permitia uma adequada arrumação dos medicamentos e dos instrumentos médicos usados, bem como o transporte seguro e prático dos mesmos, sempre que o Dr. Henrique Henriques Flores precisasse de efetuar alguma deslocação no âmbito da sua atividade profissional. No entanto, o produtor da mala (H-I), cuja marca se encontra acima da fechadura da mesma, produzia artigos e acessórios utlizados na área das pescas (canas, carretos), tal como se pode constatar ao consultar plataformas de vendas na internet, como a Etsy e o eBay, Inc. Também foi possível encontrar na página Selene´s Fly Shop. Para além desta constatação, ao observar o interior da mala, nomeadamente, as suas secções e divisórias, rapidamente se conclui que tem as características habituais numa mala de pesca/pescador. Nota: Os conteúdos acima escritos visam apenas dar a conhecer, aos leitores, um pouco sobre a história deste espécime museológico (Mala de médico – MAH.2016.3186) e dos medicamentos, instrumentos e acessórios que o mesmo contém. São meramente informativos e não visam fornecer qualquer indicação ou aconselhamento médico, os quais, obviamente, só poderão ser providenciados por médicos.

Dimensões:

Mala fechada : A. 16,8 x C. 35,6 x L. 17,6 cm

Nº de Inventário:

MAH.2016.3186

Data de produção:

Séc. XX

Material e técnicas

Metal

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