960 réis

Numismática, Medalhística e Falerística

Título Alternativo:
960 réis
Descrição:
Moeda de 960 Reis em prata, falsa de época. Com cunhagem iniciada em 1810, os 960 réis diferem ligeiramente de outras moedas denominadas "Crown-Size" (moedas com diâmetro aproximado de 38mm) do início do século XIX por vários fatores. A maioria das combinações de datas e letras monetárias de 960 réis podem ser encontradas com facilidade, uma vez que muitos deles foram cunhados em grandes quantidades, mas são as moedas que foram utilizadas como base do recunho dos 960 réis que os tornam uma das moedas mais interessantes da numismática. As Casas da Moeda do Brasil usavam qualquer moeda no diâmetro de coroas que pudessem encontrar e obter a um valor mais baixo, independentemente de onde vinham. Enquanto a maioria dos 960 réis foram cunhados sobre as moedas de 8 reales espanhóis (uma das moedas comerciais mais comuns no século XIX), muitos outros tipos de moedas conhecidas foram utilizados como base das cunhagens e, sem dúvida, muitas outras ainda serão descobertas. A maioria das peças foram cunhadas na Casa da Moeda da Bahia (até 1826) e do Rio de Janeiro (até 1827), com algumas exceções. Uma pequena quantidade de peças foram cunhadas em Minas Gerais (em 1810 e 1816). Foram utilizados três tipos de designs diferentes: os 960 réis coloniais, os 960 réis do reino unido e os 960 réis do Brasil independente. Esta moeda pertence ao primeiro tipo de 960 réis, conhecido por "colonial", que possui coroa portuguesa acima do brasão, ladeado pela data, dístico do valor facial e três flores pequenas. Em torno da coroa, a legenda: JOANNES. D. G. PORT. P. REGENS. ET. BRAS. D, uma abreviação para João, pela Graça de Deus, Príncipe Regente de Portugal e defensor do Brasil. A parte central do reverso possui o que é chamado de esfera armilar colocada sobre uma grande cruz com uma faixa diagonal, a qual recebe a marca de cunhagem. No rebordo da moeda possui a legenda SUBQ / SIGN / NATA / STAB, que é traduzida literalmente como Nascido sob este símbolo e permanecerá nele. Pesquisadores numismatas ainda não concordam que esta é a exata interpretação da legenda do reverso, então a discussão continua em aberto. Neste caso específico, é uma moeda falsa pois é percetível que o estilo da cunhagem deixava muito a desejar em relação aos cunhos do Rio de Janeiro e da Bahia. Mas é uma peça curiosa e com o seu interesse. Sobre este assunto o numismata Fernando Brandão Correia fala com maior pormenor no "Catálogo de Patacões Falsos".
Dimensões:
D. 40 mm
Nº de Inventário:
MAH.R.2007.0110
Data de produção:
Séc. XIX (1ª metade)
Material e técnicas
Latão prateado -  Cunhada
Entidade relacionada
Museu de Angra do Heroísmo

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